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terça-feira, 26 de abril de 2011

Papa Bento XVI revela-se cada vez um grande comunicador, afirma jornalista.

Por Felipe Viana

 

A simplicidade e a clareza com que Bento XVI, ao longo da entrevista gravada na sexta-feira à tarde, respondeu às perguntas reunidas entre os espectadores do programa A Sua immagine deveria fazer com que um dos refrões mais utilizados nestes anos caísse: a contraposição entre Wojtyla papa “midiático” e “comunicador”, e Ratzinger papa teólogo que deve ser lido mais do que escutado.

A análise é de Andréa Tornielle, publicada no jornal La Stampa, 23-04-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Trata-se, de fato, de um clichê que acaba diminuindo o valor do primeiro assim como do segundo, reduzindo João Paulo II a um ícone televisivo, e o seu sucessor, a um ser de biblioteca.

Mesmo que a participação de um Papa em um programa de TV para ser entrevistado pelos espectadores não tenha precedentes, os encontros de Bento XVI que dialoga com os fiéis são, ao contrário, uma constante. Os diálogos com os sacerdotes – em Roma, em Valle d’Aosta, em Beluno e em Trentino – assim como o encontro com as crianças da primeira comunhão na Praça de São Pedro em outubro de 2005 devem ser inscritas entre as páginas mais significativas do pontificado.

Joseph Ratzinger foi professor, estava acostumado a dialogar com os alunos (que continua encontrando todos os anos em Castelgandolfo, abordando com eles temas de atualidade para a vida da Igreja), e também como Papa jamais se eximiu de perguntas e entrevistas. Ele deu uma entrevista no início de cada viagem, encontrando os jornalistas no avião papal. Gravou diversas outras para a TV, sempre por ocasião das viagens.

E depois de ter publicado três livros-entrevista como cardeal, o primeiro com Vittorio Messori, os outros dois com o jornalista alemão  Peter Seewald, ele aceitou a proposta deste último e, em novembro passado, entregou à imprensa Luz do Mundo. Por uma semana, uma hora por dia, Bento XVI foi entrevistado sem conhecer antes as perguntas, falando com franqueza sobre o escândalo da pedofilia, das crises midiáticas do seu pontificado, das suas fragilidades.

A participação televisiva desta sexta-feira mostra, portanto, mais uma vez, como os Papas utilizam as possibilidades oferecidas pela mídia e não desdenham, de fato, o gênero da entrevista: entraram para a história as de João XXIII com Indro Montanelli e dePaulo VI com Alberto Cavallari.

Ratzinger é um bravo comunicador, capaz de apresentar imagens evocativas, como quando, aos jovens reunidos em Colônia, em agosto de 2005, explicou o sacramento da eucaristia comparando-o à fissão nuclear. Ou como fez nesta sexta-feira, quando se referiu à fragilidade do corpo dos doentes em estado vegetativo com a imagem de um violão que não pode tocar porque tem suas cordas partidas.

Porém, fica uma dúvida sobre a escolha dos autores da transmissão pela RaiUno, que decidiram dividir a entrevista papal, diluindo-a e intercalando cada resposta com inserções, muitos comentários no estúdio, ligações externas.

A primeira vez de um Papa na TV entrevistado pelos telespectadores, no dia e na hora em que os cristãos fazem memória da morte de Cristo, deveria ter merecido um espaço em separado, sem soluções de continuidade.

Documentário da National Geographic: Restos ósseos poderiam ser de santos mártires do século III.





Por Felipe Viana 




 

Os investigadores que participam de um novo documentário da National Geographic afirmam que os dois esqueletos que estudados neste filme poderiam pertencer a dois Santos mártires casados do século III em Roma.

“Toda a evidência que reunimos sobre estas relíquias nos mostram que seriam os restos de Crisanto e Daria”, assinala o líder da investigação da Universidade de Gênova, Ezio Fulcheri.

Fulcheri explicou ademais que “esta foi uma oportunidade que sucede com muito pouca freqüência, para estudar ossos e outras relíquias que se relacionam diretamente a uma história quando já passaram quase 2000 anos. Também é raro em mártires desse tempo ter esqueletos completos, o que implica que foram protegidas e veneradas por inteiro desde o começo”.

Estes restos, compostos de 150 ossos, foram encontrados em 2008 na cripta da Catedral da cidade italiana de Reggio Emilia, ao norte do país. As provas para averiguar sua “idade” indicam que estão entre os anos 80 e 340 DC.
 
Em declarações ao grupo ACI,o produtor geral do documentário “Explorador: Mistério dos Santos Assassinados”, estreado nos Estados Unidos no dia 19 de abril, assinalou que “esta é a primeira vez que podemos provar a autenticidade do que se crê que são relíquias de um santo. Para nós foi um privilégio fazer parte disto”.
 
Entretanto, acrescentou, “também é possível que estes ossos não sejam reais” devido a que na Idade Média se gerou um mercado negro de relíquias.

O Bispo Auxiliar de Reggio Emilia, Dom Lorenzo Ghizzoni, que também aparece no documentário, assume deste modo este risco e comenta que caso os restos sejam falsos, “serão destruídos porque isso seria certamente escandaloso para os fiéis”.
Crisanto e Daria

A tradição conta que Crisanto era o filho único de um senador romano de Alexandria. Cresceu em Roma e se converteu ao cristianismo. Seu pai desaprovou esta conversão e o obrigou a casar-se com uma sacerdotisa pagã de nome Daria para tentar fazê-lo desistir em seu novo caminho de fé.

Entretanto, Daria se converteu à fé de seu marido e se dedicaram juntos a converter outros milhares ao cristianismo.
As autoridades romanas os prenderam por proselitismo e os enterraram vivos em Roma perto do ano 283.


Brasil é 3º país do mundo onde mais se crê em Deus, diz pesquisa. França é o primeiro dos “descrentes”.

Por Felipe Viana


Estudo em 23 países indica que 84% dos brasileiros acreditam em existência de ‘Deus ou de um ser supremo’.
 
O Brasil foi o terceiro país em que mais se acredita em ‘Deus ou em um ser supremo’ em uma pesquisa conduzida em 23 países.

A pesquisa, feita pelo empresa de pesquisa de mercado Ipsos para a agência de notícias Reuters, ouviu 18.829 adultos e concluiu que 51% dos entrevistados ‘definitivamente acreditam em uma ‘entidade divina’ comparados com os 18% que não acreditam e 17% que não têm certeza’.

O país onde mais se acredita na existência de Deus ou de um ser supremo é a Indonésia, com 93% dos entrevistados. A Turquia vem em segundo, com 91% dos entrevistados e o Brasil é o terceiro, com 84% dos pesquisados.

Entre todos os pesquisados, 51% também acreditam em algum tipo de vida após a morte, enquanto que apenas 23% acreditam que as pessoas param de existir depois da morte e 26% ’simplesmente não sabem’.

Entre os 51% que acreditam em algum tipo de vida após a morte, 23% acreditam na vida após a morte, mas ‘não especificamente em um paraíso ou inferno’, 19% acreditam ‘que a pessoa vai para o paraíso ou inferno’, outros 7% acreditam que ‘basicamente na reencarnação’ e 2% acreditam ‘no paraíso, mas não no inferno’.

Nesse mesmo quesito, o México vem em primeiro lugar, com 40% dos entrevistados afirmando que acreditam em uma vida após a morte, mas não em paraíso ou inferno. Em segundo está a Rússia, com 34%. O Brasil fica novamente em terceiro nesta questão, com 32% dos entrevistados.

Mas o Brasil está em segundo entre os países onde as pessoas acreditam ‘basicamente na reencarnação’, com 12% dos entrevistados. Apenas a Hungria está à frente dos brasileiros, com 13% dos entrevistados. Em terceiro, está o México, com 11%.
Entre os que acreditam que a pessoa vai para o paraíso ou para o inferno depois da morte, o Brasil está em quinto lugar, com 28%. Em primeiro, está a Indonésia, com 62%, seguida pela África do Sul, 52%, Turquia, 52% e Estados Unidos, 41%.

Criação X evolução

As discussões entre evolucionistas e criacionistas também foram abordadas pela pesquisa do instituto Ipsos.
Entre os entrevistados no mundo todo, 28% se definiram como criacionistas, acreditam que os seres humanos foram criados por uma força espiritual como o Deus em que acreditam e não acreditam que a origem do homem viesse da evolução de outras espécies como os macacos.

Nesta categoria, o Brasil está em quinto lugar, com 47% dos entrevistados, à frente dos Estados Unidos (40%). Em primeiro lugar está a Arábia Saudita, com 75%, seguida pela Turquia, com 60%, Indonésia em terceiro (57%) e África do Sul em quarto lugar, com 56%.

Por outro lado, 41% dos entrevistados no mundo todo se consideram evolucionistas, acreditam que os seres humanos são fruto de um lento processo de evolução a partir de espécies menos evoluídas como macacos.

Entre os evolucionistas, a Suécia está em primeiro lugar, com 68% dos entrevistados. A Alemanha vem em segundo, com 65%, seguida pela China, com 64%, e a Bélgica em quarto lugar, com 61% dos pesquisados.

Descrentes e indecisos

Entre os 18.829 adultos pesquisados no mundo todo, um total de 18% afirmam que não acreditam em ‘Deus, deuses, ser ou seres supremos’.
No topo da lista dos descrentes está a França, com 39% dos entrevistados. A Suécia vem em segundo lugar, com 37% e a Bélgica em terceiro, com 36%. 

No Brasil, apenas 3% dos entrevistados declararam que não acreditam em Deus, ou deuses ou seres supremos.

A pesquisa também concluiu que 17% dos entrevistados em todo o mundo ‘às vezes acreditam, mas às vezes não acreditam em Deus, deuses, ser ou seres supremos’.

Entre estes, o Japão está em primeiro lugar, com 34%, seguido pela China, com 32% e a Coréia do Sul, também com 32%. Nesta categoria, o Brasil tem 4% dos entrevistados.
 
 Fonte : BBC
 
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terça-feira, 19 de abril de 2011

Indulgência plenária na Semana Santa. Como Recebê-la?

Por Felipe Viana


André Luiz Brandalise

O dom da indulgência manifesta a plenitude da misericórdia de Deus, que é expressa em primeiro lugar no sacramento da Penitência e da Reconciliação.

(Penitenciária Apostólica – O Dom da Indulgênciahttp://www.vatican.va/roman_curia/tribunals/apost_penit/documents/rc_trib_appen_pro_20000129_indulgence_po.html)
 
Durante a Semana Santa podemos ganhar para nós ou para os defuntos o dom da Indulgência plenária.
 
Indulgência é definida no Código de Direito Canónico (cf. cân. 992) e no Catecismo da Igreja Católica (n. 1471), assim:
 
A indulgência é a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada; remissão que o fiel devidamente disposto obtém em certas e determinadas condições pela acção da Igreja que, enquanto dispensadora da redenção, distribui e aplica, por sua autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos.
 
O caminho da reconciliação com Deus, embora se trate de um dom da Sua misericórdia, segue um processo em que a Igreja envolve-se pela sua missão sacramental, e cabe ao homem o seu empenho pessoal.
Este caminho tem o seu centro no sacramento da Penitência, que é elemento essencial para se buscar a indulgência plenária. No entanto mesmo após o perdão dos pecados obtido mediante esse sacramento, o homem ainda permanece manchado por resquícios que impedem que sejamos totalmente abertos à graça.
 
Assim, precisamos de purificação e da renovação total em virtude da graça de Cristo, e o dom da Indulgência é de grande auxílio nestes casos.
 
Não há dúvidas que a Semana Santa é o período em que toda a nossa fé é justificada, pois é quando relembramos (no sentido de renovar) o imenso mistério do amor de Deus, a instituição da Eucaristia, a morte e ressurreição de Cristo. E a mais correta vivência de todas as celebrações, além de nos fazer aprofundar cada vez mais nos mistérios de nossa fé, traz como benefício extra (quase que um bônus) a concessão da Indulgência plenária.
 
Para ganhar a Indulgência plenária além de ter realizado a obra enriquecida se requer o cumprimento das seguintes condições:
 
a) Exclusão de todo afeto para qualquer pecado, inclusive venial. Portanto, temos que rejeitar de vez aquilo que muitos chamam de “pecado de estimação”.
 
b) Confissão sacramental, Comunhão eucarística e Oração pelas intenções do Sumo Pontífice. Estas três condições podem ser cumpridas uns dias antes ou depois da execução da obra enriquecida com a Indulgência plenária, mas convém que a comunhão e a oração pelas intenções do Sumo Pontífice se realizem no mesmo dia em que se cumpre a obra.
 
Deve-se ressaltar que com uma só confissão sacramental podemos ganhar várias indulgências. Mesmo assim, convém que se receba frequentemente a graça do sacramento da Penitência, para aprofundar na conversão e na pureza de coração. Por outro lado, com uma só comunhão eucarística e uma só oração pelas intenções do Santo Padre só se ganha uma Indulgência plenária.
 
A condição de orar pelas intenções do Sumo Pontífice se cumpre rezando-se em sua intenção um Pai Nosso e Ave-Maria, mas se concede a cada fiel cristão a faculdade de rezar qualquer outra fórmula, segundo sua piedade e devoção.
 
Durante a Semana Santa, são as seguintes obras que gozam do dom 
 da Indulgência plenária:
 
Quinta-feira Santa
 
- Se durante a solene reserva do Santíssimo, que segue à Missa da Ceia do Senhor, recitamos ou cantamos o hino eucarístico “Tantum Ergo” (”Adoremos Prostrados”).
- Se visitarmos pelo espaço de meia hora o Santíssimo Sacramento reservado no Monumento para adorá-lo.
 
Sexta-feira Santa
- Se na Sexta-feira Santa assistirmos piedosamente à Veneração da Cruz na solene celebração da Paixão do Senhor.
 
Sábado Santo
- Se rezarmos juntos a reza do Santo Rosário.
 
Vigília Pascal
- Se assistirmos à celebração da Vigília Pascal (Sábado Santo de noite) e nela renovamos as promessas de nosso Santo Batismo.


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terça-feira, 12 de abril de 2011

sábado, 9 de abril de 2011

Ataque contra Arcebispo belga foi ato de intolerância anti-cristã.



Por Felipe Viana



O ataque contra o Arcebispo de Malinas-Bruxelas, Dom André-Joseph Leonard, na terça-feira 5 de abril na Universidade de Lovaina no qual jogaram no prelado quatro tortas foi considerado um ato de cristãofobia para o Observatório sobre a Intolerância e a Discriminação contra os Cristãos.

O Observatório, com sede em Viena (Áustria) incluiu o ataque do grupo denominado “Internacional Confeiteira” contra o Primaz da Igreja Católica na Bélgica, na relação de casos de intolerância anti-cristã registrados na Europa.



Dom Leonard foi à casa de estudos para participar de um debate sobre a fé e a Igreja com o catedrático ateu J. Bricmont. Conforme se observa em um vídeo divulgado no Youtube.com, Dom. Leonard recebeu um primeiro disparo de tortas ao ingressar na sede da universidade belga e três atacantes repetiram a agressão pouco antes de começar o debate em um dos auditórios universitários ante dezenas de estudantes.
O vídeo termina com um convite dos agressores ao público para que repitam o ataque.

No ataque, os agressores quase derrubam o Arcebispo ante a passividade dos encarregados de segurança e o aplauso de alguns presentes. O Prelado optou por não reagir à agressão.

Esta é a segunda vez que Dom Leonard é vítima de um ataque deste tipo. No dia 1º de novembro de 2010 quando presidia uma celebração litúrgica na Catedral de Bruxelas pelo Dia de Todos os Santos manifestantes jogaram um bolo contra o prelado. O Arcebispo não apresentou denuncias legais contra seus agressores.

A “Internacional Confeiteira” reivindicou este último ataque e se gaba de ter jogado bolos em personagens como o presidente francês Nicolas Sarkozy ou Bill Gates.

A imprensa belga sustenta que um dos agressores justificou o ataque contra o Arcebispo “por todos os homossexuais que não se atrevem a dizer aos seus pais que o são e por todas as garotas jovens que querem abortar”, em alusão à defesa da vida desde a concepção e o rechaço às condutas homossexuais que o Arcebispo faz em público.

A Arquidiocese de Malinas-Bruxelas não se pronunciou ainda sobre o ataque em Lovaina.
Jeroen Van Hecke, colaborador da revista dinamarquesa Catholica, considerou que o ocorrido foi um ato terrorista contra o Prelado e destacou que apesar da violência, Dom Leonard manteve a calma e a boa disposição para o debate.
“É lamentável que com o dinheiro de nossos impostos paguemos os estudos dessas pessoas”, indicou mas destacou que a substância do debate entre o Arcebispo e o catedrático “foi mais interessante que esta tolice infantil”.


“Nós como cristãos oraremos por estes terroristas para que cheguem ao arrependimento, e também por todos os ateus, em primeiro lugar para que o professor J. Bricmont, possa ter a sorte de reconhecer a Cristo”, indicou o site da revista.
 
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