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terça-feira, 14 de setembro de 2010

3 anos de motu propio Motu Proprio Summorum Pontificum




O Motu Proprio Summorum Pontificum – carta apostólica através da qual
Bento XVI colocou novamente em ampla e plena vigência a possibilidade de os sacerdotes celebrarem a Santa Missa de acordo com o rito de São Pio V, também conhecido como o da "Missa Tridentina" – hoje completa três anos de publicação neste ano.

O prefeito do Tribunal da Assinatura Apostólica, Arcebispo Raymond Leo Burke, escreve o prefácio de um Comentário publicado pela Igreja na Alemanha sobre o Motu Proprio.


"A forma extraordinária do Rito Romano – isto é, a da Missa em latim – segundo o antigo rito pré-conciliar é uma tarefa para toda a Igreja, que não interessa somente a certos grupos, pois trata-se de um ato de legislação do Santo Padre".

O Comentário é escrito pelo padre alemão latinista e canonista Gero P. Weishaupt e alude à celebração da Missa em latim, colocando em realce todas as questões de fundo a ela relacionadas.

"Dessa maneira, a decisão com a qual Bento XVI autorizou a celebração da antiga Missa em latim deve ser compreendida como um ato de legislação universal que interessa a toda a Igreja em todo o mundo e não como um favor feito a um indivíduo ou a um grupo, porque se trata se uma lei cuja finalidade é salvaguardar e promover a vida de todo o corpo místico de Cristo e a máxima expressão desta vida, isto é, a liturgia Sacra", escreve Dom Burke.


O prefeito do Tribunal do Vaticano lembrou que, na carta apostólica de publicação do Motu Proprio, o Papa indicou que deste tempos imemoriais, bem como no futuro, é necessário manter o princípio segundo o qual cada Igreja particular deve concordar com a Igreja universal, não somente no que diz respeito à doutrina da fé e as sinais sacramentais, mas também nos usos universalmente aceitos da ininterrupta tradição apostólica, "que devem ser observador não somente para evitar erros, mas também para transmitir a integridade da fé, para que a lei da oração da Igreja corresponda à sua lei de fé".

Após três anos da aplicação do Motu Proprio e da verificação sobre o estado das coisas, Dom Burke explica alguns temas de fundo acerca dos quais é importante fazer um esclarecimento, devido a interpretações controvertidas: não pertencem aos direitos fundamentais do batizado nem o serviço ao altar de pessoas do sexo feminino, nem o uso de leigos para as leituras ou para a distribuição extraordinária da comunhão. Por consequência, esses desenvolvimentos mais recentes não são introduzidos na forma extraordinária do rito romano, com a finalidade de respeitar a integridade da disciplina litúrgica contida no Missal Romano de 1962.

Na introdução ao Comentário, Dom Burke precisa também um princípio mais geral: a disciplina definida através da reforma litúrgica do Concilio Vaticano II é aplicada ao rito romano "somente se tal disciplina diz respeito a um direito dos crentes que deriva diretamente do sacramento do batismo e serve para a salvação de suas almas".

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Activistas britânicos preparam protestos contra Papa

Grupos com diferentes objectivos estão unidos para se manifestarem durante a visita do papa Bento XVI ao Reino Unido, apesar dos esforços da hierarquia da Igreja no país em temperar os ânimos.
Um protesto marcado para sábado em Londres por uma coligação denominada "Protest the Pope" inclui activistas dos direitos humanos, militantes a favor do aborto, feministas, defensores dos homossexuais, laicos e humanistas.

A manifestação decorre no dia em que o papa tem agendados encontros com representantes do governo, incluindo o primeiro ministro, David Cameron, e da oposição e horas antes da missa campal que terá lugar no Hyde Park.

Estão ainda previstos outros protestos públicos durante os quatro dias da visita, que decorre entre quinta-feira e domingo.

A Ordem das Mulheres Católicas optou por um modelo diferente e prometeu uma campanha de cartazes nos autocarros londrinos a exigir a ordenação de sacerdotes femininas.

Contudo, parece afastada a hipótese de ser tentada a emissão de um mandado de captura por "crimes contra a humanidade" devido ao alegado encobrimento de abusos sexuais por padres católicos.

Um dos líderes da coligação, Peter Thatchell, admitiu, na semana passada, que a iniciativa, sugerida por ateus activos, "não iria funcionar".

"Perante a lei britânica, o Papa tem imunidade soberana a acusações", afirmou o activista, que no passado tentou detenções civis ao presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, e ao antigo secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger.

O bispo de Southwark, Peter Smith, disse ter recebido a garantia de que os eventos públicos em que o Papa vai participar não serão perturbados de forma "violenta ou ilegal".

O prelado tentou acalmar os ânimos ao reunir-se na semana passada com os opositores do Papa, aceitando discutir de forma "franca e aberta" assuntos como a pedofilia e a homossexualidade.

Um dia depois, o Vaticano admitiu que Bento XVI se encontre com vítimas de abusos sexuais durante a visita, tal como fez em viagens anteriores à Austrália e EUA, mas sem confirmar data ou local.

A visita do Papa também está a ser criticada devido ao custo que vai implicar para os cofres públicos por ser convidado da rainha Isabel II.

As despesas totais estão estimadas em 20 milhões de libras (24 milhões de euros), das quais 11 milhões serão pagas pela própria Igreja e os restantes pelo Estado britânico.

Um dos ataques mais severos partiu do antigo chefe do Governo da Irlanda do norte, Ian Paisley, fundador da Igreja Presbiteriana Livre.

Defendendo o cancelamento da visita, afirmou que o Papa vai ser recebido "como um rei".

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Et unam sanctam catholicam et apostólicam Ecclésiam.



A igreja e santa,e Imaculada porque aquele que a gerou é Santo, Infinitamente santo. A igreja é e sempre será sacramento de salvação Mas, atenção, Ai daqueles que tentam trazer para dentro dela escândalos e podridão, Esses jamais verão a Deus esses provarão de Sua justiça divina que os lançará na ruína eterna no fogo do inferno que nunca se extinguirá.Onde haverá somente choro e ranger de dentes.

Não temas pequeno rebanho,Quem vos chamou à santidade vos santificará Pois, “Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la,
purificando-a pela água do batismo com palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível”.
(Ef.5,25b-27).

Por isso, permanecei fiéis naquilo que aprendestes e crestes da parte do Senhor na sua Santa Igreja. Pois, depois da tempestade e das provações deste mundo. Virá a calmaria dos Céus, A eleição das almas benditas e a glorificação dos filhos e filhas de Deus.



Deveres religiosos segundo"Papa Bento XVI"


"A igreja não precissa de reformas ,mas de santos !"
Os reformadores tantas veses agitaram e dividiram o rebanho de Cristo; Os santos ao co
ntrário,trataram as feridas das ovelhas e as reuniram no aprisco do Senhor
Cân. 750 Deve-se crer com fé divina e católica em tudo o que está contido na palavra de Deus escrita ou transmitida, a saber, no único depósito da fé confiado à Igreja, e que ao mesmo tempo, é proposto como divinamente revelado pelo magistério solene da Igreja ou pelo seu magistério ordinário e universal; isto se manifesta pela adesão comum dos fiéis sob a guia do magistério sagrado; por isso, todos estão obrigados a evitar quaisquer doutrinas contrárias.

§ 1. Deve-se crer com fé divina e católica em tudo o que se contém na palavra de Deus escrita ou transmitida por Tradição, ou seja, no único depósito da fé confiado à Igreja, quando ao mesmo tempo é proposto como divinamente revelado quer pelo magistério solene da Igreja, quer pelo seu magistério ordinário e universal; isto é, o que se manifesta na adesão comum dos fiéis sob a condução do sagrado magistério; por conseguinte, todos têm a obrigação de evitar quaisquer doutrinas contrárias.

§ 2. Deve-se ainda firmemente aceitar e acreditar também emtudo o que é proposto de maneira definitiva pelo magistério da Igreja em matéria de fé e costumes, isto é, tudo o que se requer para conservar santamente e expor fielmente o depósito da fé; opõe-se, portanto, à doutrina da Igreja Católica quem rejeitar tais proposições consideradas definitivas.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A liturgia da santa missa


“Está nascendo um novo movimento litúrgico que mira as liturgias de Bento XVI; não bastam as instruções preparadas pelos peritos, desejamos liturgias exemplares que nos façam encontrar Deus. (...) O método escolhido pelo Papa para a renovação da vida litúrgica é o de oferecer como modelo exemplar as liturgias que celebra.


Impressiona-me que alguns se esquivam dizendo que aguardam as determinações do Papa. Temos assistido ao modus celebrandi do Santo Padre, basta imitá-lo sem esperar ulteriores instruções. Todas as escolhas do Papa são motivadas por uma teologia litúrgica de fundo, e não saudosismo, formalismo ou esteticismo. A liturgia como lugar do encontro com o Deus vivo, não um show para tornar a religião interessante, não um museu de formas rituais grandiosas. (...) E nem missas-show são televisionadas e copiadas em nossas paróquias, em flagrante desrespeito às leis litúrgicas.

também não poupa os que se apegam apenas à exterioridade dos rituais, absolutizando-os. A liturgia cristã, como o próprio acontecimento cristão, não é feita por nós (Faltou combinar com as comissões litúrgicas nacionais, diocesanas e paroquiais; vá convencer os padres). Um termo como actualização forjou a ideia que nós tivéssemos a capacidade de replicá-la, criar as condições justas para que pudesse ocorrer, de organizá-la, quase como se fôssemos criadores daquilo que afirmamos crer. Na realidade é Jesus Cristo que faz a sagrada liturgia com o Espírito Santo.

A nós cabe seguir, dar espaço à sua acção. O método à disposição de todos é contemplar o que acontece – se costumava dizer “assistir”, isto é, ad stare – estar diante de sua presença; significa aderir a Algo que vem antes, seguir aquilo que ele realiza em meio a nós, capaz sempre de reverter num segundo a ideia de que o culto seja feito por nós. A liturgia é sagrada e divina porque é uma Coisa que vem do outro mundo. Obviamente que este dom divino chegou a nós pela mediação da Igreja. Cabe a ela custodiar este precioso depósito de fé e de oração, e como ensina a Instrução Redemptionis Sacramentum 10: "A mesma Igreja não tem nenhum poderio sobre aquilo que tem sido estabelecido por Cristo, e que constitui a parte imutável da liturgia".

Quanto às formas passíveis de mudança, cabe igualmente a Igreja escolher aquelas que mais bem transmitem a ortodoxia da Fé e que já foram provadas pelos séculos e continuam a dar frutos. Desejamos ajudar a compreender e a celebrar dignamente a liturgia como possibilidade de encontro com a realidade de Deus e causa da moralidade do homem, a enxergar nas degradações sintoma de vazio espiritual indicando o caminho para restaurar-lhe o espírito no signo da unidade da fé apostólica e católica, a promover um debate sério e um caminho educativo seguindo o pensamento e o exemplo do Papa que permita retomar o movimento litúrgico. É mister olhar para o espírito da liturgia como adoração de Deus Pai por Jesus Cristo no Espírito Santo e como pedagogia para entrar no mistério e de ser transformados em moralidade e santidade.” “A reforma de Bento XVI”, por ANDREA TORNIELLI Não é sempre fácil compreender, na selva das declarações polêmicas e das simplificações jornalísticas, qual seja a verdadeira mensagem que Bento XVI, com o seu exemplo antes mesmo que com sua palavra, pretende dar à Igreja no que concerne à celebração litúrgica.

O retorno da cruz ao centro do altar, a recuparação de antigos paramentos e sobretudo a promulgação do motu proprio que em 2007 liberou o rito pré-conciliar estão no centro de debates e discussões, frequentemente polarizados em campos opostos e não isentos de tonalidades extremistas. Foi por perder de vista o seu profundo significado que deformou o movimento litúrgico pós-conciliar, “seja por obra de quem considerava sempre a novidade como a coisa melhor, seja por obra de quem desejava restaurar as coisas antigas como óptimas em todas as ocasiões”. A decisão do Papa de restituir plena cidadania à forma antiga do rito romano, explicando ao mesmo tempo que os dois missais não pertencem a dois ritos diversos, “é uma resposta a quantos, tradicionalistas e inovadores, haviam afirmado que o antigo rito romano tivesse morrido por ocasião da reforma litúrgica e um outro tivesse nascido em total descontinuidade: uma verdadeira e própria ruptura!”.

Em suma, é necessária uma “reforma da reforma”, que ao contrário daquela pós-conciliar venha de baixo e não seja imposta pelos especialistas, porque “se a antiga liturgia era um fresco coberto, a nova arriscou perdê-lo pela técnica agressiva usada na restauração”. “A reforma litúrgica – escreve o teólogo – não é de fato perfeita e acabada: há necessidade de correcções e integrações, procedendo entretanto de modo diferente da época pós-conciliar, não impondo obrigações senão aquelas necessárias, esclarecendo as possibilidades e promovendo o debate”. O escopo último da liturgia é o encontro com o mistério, a redescoberta de uma nova sensibilidade, um adequado espaço para o sagrado, para o silêncio, para a escuta, para evitar que a liturgia se transforme – como infelizmente só acontecer – em “exibição de actores e inundação de palavras”. Com o livro, simples mas importante, Bux se propõe a “ajudar a compreender e a celebrar dignamente a liturgia como possibilidade de encontro com a realidade de Deus e causa da moralidade do homem, a ler as degradações como sintoma de vazio espiritual indicando o caminho para restaurar o espírito no seio da unidade da fé apostólica e católica, a promover um debate sério e um caminho educativo seguindo o pensamento e o exemplo do Papa que permita retomar o movimento litúrgico”.

Fonte: oblatvs
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