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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A Fé da Igreja, Papa na catequese semanal desta quarta-feira na Praça de São Pedro

Por Felipe Viana
(Texto original: italiano)

"A fé é virtude teologal, doada por Deus, mas transmitida pela Igreja ao longo da história", afirma Bento XVI

Queridos irmãos e irmãs,

continuar em nossa jornada de meditação sobre a fé católica. Na semana passada eu mostrei como a fé é um dom, pois é Deus quem toma a iniciativa e vem ao nosso encontro, e assim também a fé é uma resposta com que nós recebê-lo como uma base estável de nossas vidas. É dom sa, que transforma as nossas vidas, porque estamos a entrar na mesma visão de Jesus, que trabalha em nós e abre-nos a amar a Deus e aos outros.

     Hoje eu gostaria de dar mais um passo em nossa reflexão, a começar de novo a partir de algumas perguntas: caráter fé só tem um pessoal, individual? Apenas interessado em mim como pessoa? Eu vivo a minha fé? Claro, o ato de fé é um ato eminentemente pessoal, que acontece no mais profundo e marca uma mudança de direção, uma conversão pessoal: é a minha vida que recebe uma vez, uma nova abordagem. Na liturgia do batismo, no tempo das promessas, o celebrante pede para manifestar a fé católica e levantou três questões: Você acredita em Deus Pai todo-poderoso? Creia em Jesus Cristo, seu único Filho? Você acredita no Espírito Santo?Nos tempos antigos, essas questões foram dirigidas pessoalmente a ele que era para ser batizado antes que emerge da água três vezes. E mesmo hoje, a resposta está no singular: "eu creio". Mas eu acredito que este não é o resultado da minha reflexão solitária, não é o produto do meu pensamento, mas é o resultado de uma relação, um diálogo em que há uma escuta, e obter uma resposta, é a comunicar-se com Jesus que me faz fora do meu "eu" fechado em mim mesmo a se abrir para o amor de Deus Pai. É como um renascimento em que me encontro unidos não só Jesus, mas também para todos aqueles que andaram e andam no mesmo caminho, e este novo nascimento, que começa com o Batismo, continua durante todo o curso da vida. Eu não posso construir a minha fé pessoal em um diálogo particular com Jesus, porque a fé é dada a mim por Deus através de uma comunidade de crentes, a Igreja, e eu, portanto, pertence à multidão de crentes em uma comunidade que não é apenas sociológica, mas radicado na 'amor eterno de Deus, que Ele mesmo é a comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é o amor trinitário. A nossa fé é muito pessoal, mesmo que seja só Comunidade: pode a minha fé, apenas se vive e se move para o "nós" da Igreja, se ela é a nossa fé, a nossa fé comum da Igreja um.

     No domingo, na missa, recitar o "eu", nos expressamos na primeira pessoa, mas como uma comunidade que confessar a fé um da Igreja. Esse "eu" pronunciado individualmente juntou à de um imenso coro, no tempo e no espaço, em que todos contribuem, por assim dizer, por uma polifonia harmoniosa na fé. O Catecismo da Igreja Católica resume de forma clara: "" Acreditar "é um ato eclesial. A fé da Igreja precede, gera, suporta e alimenta a nossa fé. A Igreja é a Mãe de todos os crentes. "Ninguém pode dizer que tem Deus como Pai quem não tem a Igreja como Mãe" [São Cipriano] "(n. 181). Assim também a fé nasce na Igreja, que conduz a ele e vive nele. Isso é importante para se lembrar.

     No início do cristão, quando o Espírito Santo vem com poder sobre os discípulos no dia de Pentecostes - como narra o Atos dos Apóstolos (cf. 2:1-13) - início da Igreja recebe a força para levar a cabo a missão que lhe foi confiada pelo Senhor Ressuscitado espalhados em todos os cantos da Terra o evangelho, a boa notícia do Reino de Deus, e assim cada um para dirigir com ele para a fé que salva. Os Apóstolos superar todo medo de proclamar o que tinham ouvido, visto pessoa, experiente, com Jesus, pelo poder do Espírito Santo, eles começam a falar em novas línguas abertamente anunciar o mistério de que eram testemunhas. Nos Atos dos Apóstolos nos dizem então o grande discurso que Pedro pronuncia no dia de Pentecostes. Ele começa com uma passagem do profeta Joel (3:1-5), referindo-se a Jesus, e proclamando o núcleo da fé cristã: quem se beneficiou todos os que foram credenciados a Deus com milagres e sinais grandes, foi pregado e morto na cruz, mas Deus o ressuscitou dentre os mortos, constituindo-lhe Senhor e Cristo. Com ele, entramos na salvação final predito pelos profetas e os que invocam o seu nome, será salvo (cf. Atos 2:17-24). Ouvindo estas palavras de Pedro, muitos se sentem pessoalmente desafiado, se arrepender de seus pecados e são batizados recebem o dom do Espírito Santo (cf. Act 2, 37-41). Assim começa o caminho da Igreja, uma comunidade que reúne este anúncio no tempo e no espaço, uma comunidade que é o Povo de Deus com base na nova aliança no sangue de Cristo, cujos membros não pertencem a um determinado grupo social ou étnico, mas são homens e as mulheres de cada nação e cultura. É um povo "católico", falando novas línguas, universalmente abrir para acolher a todos, cada divisão, quebrando todas as barreiras. São Paulo diz: "Aqui não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo é tudo em todos" ( Cl 3:11).

     A Igreja, portanto, desde o início é o lugar da fé, o lugar da transmissão da fé, o lugar onde, através do Batismo, estamos imersos no mistério pascal da morte e ressurreição de Cristo, que nos liberta da escravidão do pecado e dá-nos a liberdade dos filhos e nos coloca em comunhão com o Deus Uno e Trino. Ao mesmo tempo, estamos imersos em comunhão com os outros irmãos e irmãs na fé, com todo o Corpo de Cristo, realizada diante de nosso isolamento. O Concílio Vaticano II lembra-nos: "Deus quis salvar e santificar os homens, não como indivíduos, sem qualquer ligação entre eles, mas para transformá-los em um povo que eu reconheço na verdade e lhe serve" (Constituição Dogmática. Lumen gentium , 9). Ao lembrar a liturgia do batismo, podemos constatar que, no final das promessas em que expressam a renúncia do mal e repetir "eu acho", as verdades da fé, o celebrante diz: "Esta é a nossa fé, esta é a fé da Igreja e nós orgulho de professá-la em Cristo Jesus nosso Senhor. " A fé é a virtude teologal dada por Deus, mas transmitida pela Igreja ao longo da história. O mesmo São Paulo, escrevendo aos Coríntios, afirma ter comunicado a eles o evangelho que por sua vez, tinha recebido (cf. 1 Cor 15:3).

     Há uma cadeia ininterrupta de vida da Igreja, a proclamação da Palavra de Deus, celebração dos sacramentos, que vem a nós e que nós chamamos de Tradição. Isso nos dá a garantia de que o que acreditamos ser a mensagem original de Cristo, pregado pelos apóstolos. O núcleo do anúncio é o evento primordial da morte e ressurreição do Senhor, da qual brota toda a herança de fé. O Conselho diz que: "A pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia ser entregue em seqüência continua até o fim dos tempos" Constituição dogmática. Dei Verbum , 8). Assim, se a Bíblia contém a Palavra de Deus, a Tradição da Igreja preserva e transmite com fidelidade, para que as pessoas de todas as idades tenham acesso a seus vastos recursos e enriquecê-lo com seus tesouros de graça. Assim, a Igreja, "em sua doutrina, em sua vida e em sua adoração transmite a todas as gerações tudo o que ela é, tudo o que ela acredita" ( ibid. ).

     Finalmente, gostaria de salientar que é na comunidade eclesial que a fé pessoal cresce e amadurece. É interessante notar que, no Novo Testamento, a palavra "santos" se refere a cristãos como um todo e, certamente, nem todo mundo tinha as qualidades para ser declarados santos pela Igreja. O que você queria indicar, então, por este termo? O fato de que aqueles que tinham vivido e fé no Cristo ressuscitado foram chamados a tornar-se um ponto de referência para todos os outros, por isso colocá-los em contato com a pessoa ea mensagem de Jesus, que revela o rosto do Deus vivo. Isso também é verdade para nós: um cristão que é guiado e forma como a fé da Igreja, apesar de suas fraquezas, suas limitações e suas dificuldades, torna-se como uma janela aberta à luz do Deus vivo, que recebe essa luz e transmite para o mundo. Beato João Paulo II na Encíclica Redemptoris missio afirmou que "A missão renova a Igreja, revigora a fé e a identidade cristã, e oferece um novo entusiasmo e novas motivações. A fé se fortalece dando "(n. 2).

     A tendência generalizada contemporânea a relegar a fé ao âmbito privado, portanto, em contradição com sua própria natureza. Nós precisamos da Igreja para confirmar a nossa fé e de experimentar os dons de Deus, a Sua Palavra, os sacramentos, a graça e com o apoio da testemunha. Assim, o nosso "eu" no "nós" da Igreja será capaz de perceber, ao mesmo tempo, destinatário e estrela de um evento que supera: a experiência de comunhão com Deus, que estabelece a comunhão entre as pessoas. Em um mundo onde o individualismo parece regular as relações entre as pessoas, tornando-os mais frágeis, a fé nos chama a ser povo de Deus, para ser a Igreja, portadores do amor e da comunhão de Deus para toda a humanidade ( ver Constituição Pastoral. Gaudium et spes , 1). 

Obrigado pela sua atenção.

Bento XVI, que resumiu, como habitualmente, a sua catequese em várias línguas, entre as quais o português. Ouçamos…

RealAudioMP3 
Queridos irmãos e irmãs,

A fé, dom de Deus que transforma a nossa existência, não é uma realidade de caráter exclusivamente individual. O meu crer, a minha fé, não é o resultado de uma reflexão pessoal, mas o fruto de um diálogo com Jesus que se dá na comunidade de fé que é a Igreja. 

    De fato, desde o dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos, a Igreja não cessa de cumprir a sua missão de levar o Evangelho a todos os cantos da terra. 

     A Igreja é o espaço da fé: o espaço no qual, pelo batismo, nos inserimos no Mistério Pascal de Cristo, entrando em comunhão com a Santíssima Trindade. Por isso, precisamos da Igreja para ter a garantia que a nossa fé corresponde à mensagem originária de Cristo, pregada pelos Apóstolos; precisamos da Igreja para poder fazer uma experiência dos dons de Deus: da sua Palavra, dos Sacramentos, da ação da Graça e do seu Amor. 

     Quando o nosso “eu” entra no “nós” da Igreja, então fazemos a experiência do comunhão com Deus, que funda a comunhão entre os homens.

Fonte: Boletim Diário da Santa Sé e Rádio Vaticano 

domingo, 28 de outubro de 2012

Fotos da Santa Missa no rito Gregoriana celebrada no Rio de Janeiro

Por Felipe Viana











Pe. Paulo Ricardo

Mons. Jan Kaleta






















O Evangelho no mundo

Por Felipe Viana

O Sínodo lança um projeto concreto para a nova evangelização. Com um ponto firme: «a fé é definida na relação que estabelecemos com a pessoa de Jesus» e para o testemunhar é preciso que nos aproximemos da vida dos homens de hoje, sem «inventar qualquer tipo de estratégias» porque o Evangelho não é «um produto a ser colocado no mercado das religiões».

      Exatamente para «poiar e orientar» todas as comunidades cristãs na urgência da missão, os padres sinodais aprovaram na manhã de 26 de Outubro a mensagem pastoral, 

     O nuntius,na conclusão dos trabalhos. Trata-se de um documento novo, como disse o cardeal Betori – presidente da comissão sinodal para a redacção – apresentando-o na Sala de Imprensa da Santa Sé logo após a aprovação. Novo porque «não se limita a exortações globais, mas articula-se em pontos relativos a cada um dos continentes, expressa e especificamente nomeados em ordem alfabética».Porque se é verdade, explicou, que sobretudo num mundo globalizado a reflexão  diz respeito ao conjunto, é verdade também que globalização não quer dizer nivelamento. E, por conseguinte, cada questão deve ser enfrentada considerando as realidades individualmente. Outra característica consiste no tom que se quis manter na mensagem: exortativo e encorajador, perfeitamente em sintonia «com o tom constante das intervenções dos padres sinodais». E este é outro dos elementos que  caracteriza a mensagem sinodal, com a qual todos os padres «concordaram  e se reconheceram a ponto de a aprovar por aclamação». Um exemplo, disse o cardeal Betori, da comunhão expressa na colegialidade da Igreja.  Colocaram no texto experiências e propostas nascidas durante a assembleia, enfrentando as questões mais candentes. Sem ceder ao pessimismo e convidando a um confronto total, 

     O Sínodo propôs de modo emblemático  como fio condutor da mensagem a página evangélica que narra o encontro de Jesus com a samaritana. Também com a experiência sinodal «a Igreja sente o dever de estar ao lado dos homens e das mulheres deste tempo para tornar presente o Senhor na sua vida». 

     O debate, hoje, evidenciou como em todas partes do mundo se sinta «a necessidade de reavivar uma fé que corre o risco de se obscurecer nos contextos culturais que impedem o seu radicamento pessoal e a presença social, a clareza dos conteúdos e os frutos coerentes». Nenhum  pessimismo, recomendam os padres: globalização, secularização, velhas e novas pobrezas são desafios a enfrentar como oportunidade de evangelização. E «não se trata de começar tudo do início».

     Contudo, é  evidente   que «os diferentes cenários sociais e culturais» chamam os cristãos «para algo de novo». Os padres sinodais pensam «numa comunidade acolhedora, na qual todos os marginalizados encontram a sua casa, em experiências reais de comunhão». 

     Enfim, trata-se de «tornar concretamente acessíveis as experiências da Igreja, multiplicar os poços para os quais convidar os homens e as mulheres sedentos e ali fazê-los encontrar com Jesus, oferecer oásis nos desertos da vida». Mas a missão de evangelizar o mundo para a Igreja inicia com um apelo à conversão. Começando por si mesma.

Fonte: L’Osservatore Romano

sábado, 27 de outubro de 2012

"A Igreja é Igreja de todos os povos", diz Bento XVI

Por Felipe Viana


"A Igreja é Igreja de todos os povos, fala em todas as línguas, é sempre Igreja de Pentecoste; não Igreja de um Continente, mas Igreja universal", disse o Papa.


      O Papa Bento XVI participou neste sábado, 27, da 22º e última congregação geral da 13º Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Na ocasião, foi votado e apresentado o elenco final das proposições. Ao tomar a palavra, Bento XVI lembrou o caráter universal da Igreja, o que também é uma bela expressão do Sínodo dos Bispos.

      O Papa explicou que o anúncio de um novo Consistório, para 24 de novembro, é para completar aquele realizado em fevereiro deste ano. Sua intenção foi exprimir justamente essa universalidade da Igreja.

      “... a Igreja é Igreja de todos os povos, fala em todas as línguas, é sempre Igreja de Pentecoste; não Igreja de um Continente, mas Igreja universal. Esta era propriamente a minha intenção, de exprimir este contexto, esta universalidade da Igreja; é também a bela expressão deste Sínodo”.

      O Papa contou que, para ele, foi muito edificante, reconfortante e encorajante ver durante o Sínodo esse espelho da Igreja universal, que conta com a presença do Senhor também nos momentos difíceis.

      Antes dos agradecimentos, Bento XVI anunciou uma mudança: a responsabilidade pelos Seminários, que até então era da Congregação para a Educação Católica, foi transferida para o Clero e a competência sobre as Catequeses foi passada ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

      Depois de muito rezar e refletir, tais mudanças foram feitas, segundo explicou o Pontífice, a partir do contexto das reflexões do Sínodo e o término de um caminho de reflexões sobre temáticas dos Seminários e da Catequese.

      O Santo Padre lembrou que, durante o Sínodo, foi possível perceber como também hoje a Igreja cresce e está viva. “Mesmo se a Igreja sente ventos contrários, todavia sente, sobretudo, o vento do Espírito Santo que nos ajuda, nos mostra o caminho certo; e assim, com novo entusiasmo, me parece, estamos no caminho e agradecemos ao Senhor porque nos deu este encontro verdadeiramente católico”.

Bento XVI encerrou dizendo que as Proposições apresentadas são agora um testamento, um dom dado a ele por todos os presentes, para que ele coloque tudo em um único documento, “que vem da vida e deve gerar vida”.

Fonte: Canção Nova Notícias

Decreto URBIS ET ORBIS da Penitenciaria Apostólica sobre as Indulgências durante o Ano da Fé

Por Felipe Viana


      Estamos disponibilizando o Decreto URBIS ET ORBIS da Penitenciaria Apostólica sobre as Indulgências durante o Ano da Fé, como também o Decreto do Arcebispo Metropolitano de Fortaleza, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques.


      O Decreto URBIS ET ORBIS foi assinado em Roma pelo Penitenciário-Mor, Manuel card. Monteiro de Castro, e pelo Regente Mons. Krzysztof Nykiel, na Sede da Penitenciaria Apostólica no dia 14 de Setembro de 2012 na Exaltação da Santa Cruz. O presente Decreto tem validade unicamente para o Ano da fé. Não obstante qualquer disposição contrária.

      Na Arquidiocese de Fortaleza o nosso Arcebispo Metropolitano assinou o Decreto 015/2012, onde o mesmo acolhe o Decreto Urbis Et Orbis e orienta fieis da Arquidiocese de Fortaleza os locais designados para se obter as indulgências relativas ao Ano da Fé:

1. Catedral Metropolitana – São José e Nossa Senhora da Assunção – Centro, Fortaleza;

2. Santuário (Basílica Menor) de São Francisco das Chagas – Canindé;

3. Santuário do Menino Jesus – Chorozinho;

4. Santuário do Sagrado Coração de Jesus – Centro, Fortaleza;

5. Santuário de Nossa Senhora de Fátima – Fátima, Fortaleza;

6. Santuário de Nossa Senhora da Assunção – Nova Assunção, Fortaleza;

7. Santuário de Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento – Igreja de São Benedito, Fortaleza;

8. Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição – Messejana, Fortaleza;

9. Igreja Matriz de Bom Jesus dos Aflitos – Parangaba, Fortaleza;

Leia aqui a íntegra do URBIS ET ORBIS enviado pela PENITENCIARIA APOSTÓLICA.
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O segundo consistório para criação de cardeais em 2012

Por Felipe Viana




     No próximo dia 24 de novembro, o Santo Padre criará seis novos cardeais para a Santa Igreja Romana. Apresentou inopinadamente seus nomes ao final da audiência pública desta quarta-feira, a um mês exato do consistório. São eles: James Harvey, Béchara Raï, Baselios Thottunkal, John Onaiyekan, Jesús Salazar e Luis Antonio Tagle.

     O Pontífice surpreendeu não somente pela realização de um segundo consistório num mesmo ano (o último foi celebrado em 18 de fevereiro), como também pela exclusão de uns e inclusão de outros, desmentindo as listas que já circulavam nos círculos especializados.

     Depois do anúncio já se deu bastante destaque ao fato de não haver italianos ou mesmo europeus entre os futuros purpurados.
 
     É um costume bastante estabelecido que o Patriarca de Veneza seja criado cardeal no primeiro consistório seguinte à sua nomeação – é tão certa a criação que o novo patriarca já toma posse da Sé de São Marcos em trajes cardinalícios. Bento XVI inovou e deixou de fora o Patriarca Moraglia.

     Também ficou de fora o seu conacional e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerhard Müller. Como prefeito do principal dicastério da Cúria Romana, sua não inclusão é de fato surpreendente. Os “cardinalistas” – uma especialização entre os vaticanistas – punham-no no topo de suas listas.

     Bento XVI, criando apenas 6 cardeais, se ateve ao teto estabelecido pela legislação. No dia 23 de novembro, o Cardeal Renato Martino completa 80 anos e o número dos cardeais eleitores cai para 114. No dia seguinte, com a criação dos novos cardeais o Colégio volta a contar com 120 eleitores. Apenas 14 dias depois é a vez do Cardeal Eusébio Scheid completar 80 anos e, assim, o número dos eleitores cai novamente para 119.

     No que tange à precedência entre os cardeais, embora ainda não tenha sido oficialmente formulada, já se pode prever: a inclusão de Béchara Raï entre os cardeais-bispos, na condição de patriarca oriental; Baselios Thottunkal, John Onaiyekan, Jesús Salazar e Luis Antonio Tagle entre os cardeais-presbíteros, já que são arcebispos residenciais; e, entre os cardeais-diáconos, somente John Michael Harvey. Este último, entretanto, está no topo da lista para que, passados 10 anos, ao optar pela ordem dos presbíteros, preceda aos demais cardeais-presbíteros criados neste mesmo consistório.

     Neste consistório não há sequer um cardeal honorífico, ou seja, todos têm menos de 80 anos e são, portanto, cardeais eleitores. Entre eles, inclusive, os dois mais jovens cardeais do colégio: Thottunkal e Tagle, de 53 e 55 anos respectivamente.

     Há um norteamericano (Harvey), um latinoamericano (Salazar Gómez), um africano (Onaiyekan), um indiano (Thottunkal), um libanês (Raï) e um filipino (Tagle). Dois são de rito oriental (Raï, maronita, e Thottunkal, malancar).

     Harvey, cuja nomeação para Arcipreste de São Paulo fora dos Muros foi antecipada pelo Papa, é o atual Prefeito da Casa Pontifícia há quase 15 anos. Trabalhava anteriormente na Secretaria de Estado. Desempenhará, portanto, seu primeiro ofício propriamente pastoral na cura da Basílica Papal. Com a criação de Harvey, o número dos cardeais estadunidenses chega a 19, sendo 11 eleitores. O anúncio da nomeação de Harvey é, necessariamente, o da renúncia do Cardeal Francesco Monterisi aos 78 anos. O arcipreste “emérito” não ficará à toa, pois hoje mesmo foi nomeado membro da Congregação para os Bispos.

     Béchara Raï figurava em todas as listas. Embora ainda viva seu predecessor, Cardeal Sfeir, Raï é o patriarca da mais importante das igrejas orientais sui juris, a Maronita, e desempenha um papel crucial no Líbano, em particular, e no Oriente Médio, em geral. Ao incluir Raï, o Papa deixou de fora o Patriarca dos Melquitas, Gregorios Laham, que parecia ter a vez no sistema de alternância entre os patriarcas orientais. De toda forma, Laham já tem mais de 78 anos e poderá ser incluído, a título honorífico, entre os cardeais não votantes em futuros consistórios.

     Sem dúvida o nome mais inesperado é o do arcebispo-maior dos Malancares. A Malancar é uma pequena Igreja orientalsui juris com pouco mais de 500 mil fiéis na Índia. Alguns poucos milhares se acham na diáspora, sobretudo nos EUA. Só recentemente tornou-se um Arcebispado-Maior, o que na prática a equipara a um patriarcado. Seu Arcebispo-Maior, chamado Catholicós na tradição persa, será o primeiro cardeal malancar. O curioso é que Baselios Thottunkal será o segundo cardeal indiano criado em 2012; em fevereiro foi criado cardeal o Arcebispo-Maior dos Malabares, George Alencherry, também ele oriental. Com a criação de Thottunkal, os dois chefes das igrejas de São Tomé, Malabar e Malancar, estão no Colégio Cardinalício. Outro detalhe digno de nota é que as quatro Arquidioceses Maiores sui juris – as duas indianas já citadas, a Ucraniana e a Romena – estão representadas no Colégio Cardinalício.

     Salazar Gómez é o único latinoamericano da lista. É arcebispo de Bogotá, primaz da Colômbia, desde julho de 2010, sucedendo ao cardeal Pedro Rubiano Sáenz que completou 80 anos em setembro último. Havia três outros postos cardinalícios a serem ocupados no continente americano, dois na América Central e um no México. O Papa deu preferência à América do Sul. Em breve, Rio e Salvador vão engrossar a lista dos postos vacantes no continente americano.

     A situação africana é mais delicada. Dada sua condição de evangelização recente, a África não tem postos cardinalícios propriamente ditos. Espera-se que no futuro ou Luanda (Angola), ou Douala (Camarões), ou Abdijan (Costa do Marfim), ou Antananarivo (Madagascar), ou Maputo (Moçambique), ou Kampala (Uganda) venham a ter novamente algum cardeal. O Papa preferiu dar um terceiro cardeal à Nigéria, contra todas as previsões.  No dia 1º de novembro, porém, o Cardeal Arinze completa 80 anos e, assim, no momento da criação, Onaiyekan será o segundo cardeal nigeriano eleitor.

     Outro nome previsível era o do arcebispo de Manila nas Filipinas. O país asiático é o de maior número de cristãos no continente; como o minúsculo Timor Leste, tem maioria católica entre os seus habitantes. Com cerca de 70 milhões de fiéis, as Filipinas são o quarto maior contingente católico do mundo, ficando atrás apenas de Brasil, México e Estados Unidos. Não obstante tais credenciais, as Filipinas estavam sem cardeais eleitores desde agosto. Luis Antonio Tagle será o terceiro cardeal, juntamente com Vidal e Rosales, mas o único votante. Incluindo-o, Bento XVI deixa de fora o também jovem arcebispo de Cebu, Serofia Palma, que poderá ser incluído num futuro consistório.  

    Três dos seis futuros cardeais são do oriente. Do médio, Raï, e do Extremo, Thottunkal e Tagle. Ausências notáveis são o Arcebispo de Seul (Coreia), o de Tóquio (Japão), o de Karachi (Paquistão) e o de Bangkok (Tailândia). Não é possível, todavia, criar todos os cardeais numa só fornada sem ultrapassar o limite autoimposto de 120 cardeais eleitores.

     É bastante provável que o Papa faça em 2013 outro consistório, em que terá a chance de criar mais uma dezena de cardeais, entre os quais estarão um ou dois brasileiros, Orani Tempesta do Rio e Murilo Krieger de Salvador. Estará, assim, inaugurando o ano da Fé com um consistório pequeno e concluindo, com outro maior.

Fonte: OBLATVS

Missa dos Novos beatos canonizados

Por Felipe Viana
                                                                                                                                      

Hmilia do Papa Bento XVI na canonização dos Santos Beatos

Por Felipe Viana



HOMILIA DO PAPA BENTO XVI
Praça de São Pedro
Domingo, 21 de Outubro de 2012



O Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para muitos (cf. Mc 10,45)

Venerados irmãos,
Queridos irmãos e irmãs!

      
      Hoje a Igreja escuta mais uma vez estas palavras de Jesus, pronunciadas durante o caminho rumo a Jerusalém, onde devia cumprir-se o seu mistério de paixão, morte e ressurreição. São palavras que manifestam o sentido da missão de Cristo na terra, marcada pela sua imolação, pela sua doação total. Neste terceiro domingo de outubro, no qual se celebrar o Dia Mundial das Missões, a Igreja as escuta com uma intensidade particular e reaviva a consciência de viver totalmente em um perene estado de serviço ao homem e ao Evangelho, como Aquele que se ofereceu a si mesmo até o sacrifício da vida.

      Dirijo a minha cordial saudação a todos vós, que encheis a Praça de São Pedro, nomeadamente as Delegações oficiais e os peregrinos vindos para festejar os novos sete Santos. Saúdo com afeto os Cardeais e Bispos que nestes dias estão participando da Assembléia sinodal sobre a Nova Evangelização. É providencial a coincidência entre esta Assembléia e o Dia das Missões; e a Palavra de Deus que acabamos de escutar se mostra iluminadora para ambas. Esta nos mostra o estilo do evangelizador, chamado a testemunhar e anunciar a mensagem cristã conformando-se a Jesus Cristo, seguindo a Seu mesma vida.

      O Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para muitos (cf. Mc 10,45) Estas palavras constituíram o programa de vida dos sete beatos que a Igreja hoje inscreve solenemente na gloriosa fileira dos Santos. Com coragem heróica eles consumiram a sua existência na consagração total a Deus e no serviço generoso aos irmãos. São filhos e filhas da Igreja, que escolheram a vida do serviço seguindo o Senhor. A santidade na Igreja teve sempre a sua fonte no mistério da Redenção, que já prefigurava o profeta Isaías na primeira Leitura: o Servo do Senhor, o justo que «fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas» (Is 53,11); este Servo é Jesus Cristo, crucificado, ressuscitado e vivo na glória. A celebração hodierna constitui uma confirmação eloquente dessa misteriosa realidade salvífica. A tenaz profissão de fé destes sete discípulos generosos de Cristo, a sua conformação ao Filho do Homem resplandece hoje em toda a Igreja.

      Jacques Berthie, nascido em 1838, na França, foi desde muito cedo um enamorado de Jesus Cristo. Durante o seu ministério paroquial, desejou ardentemente salvar as almas. Ao fazer-se jesuíta, queria percorrer o mundo para a glória de Deus. Pastor incansável na Ilha de Santa Maria e depois em Madagascar, lutou contra a injustiça, levando alívio para os pobres e enfermos. Os malgaxes o consideravam um sacerdote vindo do céu, e diziam: Tu és o nosso “pai e mãe”! Ele sefez tudo para todos, haurindo na oração e no amor do Coração de Jesus a força humana e sacerdotal para enfrentar o martírio, em 1896. Morreu dizendo: «Prefiro antes morrer que renunciar à minha fé». Queridos amigos, que a vida deste evangelizador seja um encorajamento e um modelo para os sacerdotes, para que sejam homens de Deus como ele o foi! Que o seu exemplo ajude os numerosos cristãos que são perseguidos por causa da sua fé nos dias de hoje! Que a sua intercessão, durante este ano da fé, produza frutos em Madagascar e no Continente africano! Que Deus abençoe o povo malgaxe!

      Pedro Calungsod nasceu aproximadamente no ano 1654, na região de Visayas, nas Filipinas. Seu amor a Cristo o inspirou a preparar-se como catequista com os missionários jesuítas da região. Em 1668, junto com outros dois jovens catequistas, acompanhou o Padre Diego Luiz de San Vitores para as Ilhas Marianas com o fim de evangelizar o povo Chamorro. Nesse lugar, a vida era difícil e os missionários enfrentaram a perseguição nascida da inveja e de calunias. Pedro, contudo, demonstrou uma grande fé e caridade, e continuou catequizando os seus muitos convertidos, dando testemunho de Cristo através de uma vida de pureza e dedicação ao Evangelho. O seu desejo de ganhar almas para Cristo se sobrepunha a tudo, e isso o levou a aceitar decididamente o martírio. Morreu no dia 2 de abril de 1672. Algumas testemunhas contaram que Pedro poderia ter fugido para um lugar seguro, mas escolheu permanecer ao lado do Padre Diego. O sacerdote, antes de ser morto, pôde dar a absolvição a Pedro. Que o exemplo e o testemunho corajoso de Pedro Calungsod inspire o dileto povo das Filipinas a anunciar corajosamente o Reino e ganhar almas para Deus!

      Giovanni Battista Piamarta, sacerdote da Diocese de Brescia, foi um grande apóstolo da caridade e da juventude. Percebia a necessidade de uma presença cultural e social do catolicismo no mundo moderno, por isso se dedicou ao progresso cristão, moral e profissional das novas gerações, com a sua esplêndida humanidade e bondade. Animado por uma confiança inabalável na Providência Divina e de um profundo espírito de sacrifício, enfrentou dificuldades e fatigas para dar vida a diversas obras apostólicas, entre as quais: o Instituto dos pequenos artesãos, a Editora Queriniana, a Congregação masculina da Sagrada Família de Nazaré e a Congregação das Humildes Servas do Senhor. O segredo da sua vida, intensa e ativa, residia nas longas horas que ele dedicava à oração. Quando estava sobrecarregado pelo trabalho, aumentava o tempo do encontro, de coração a coração, com o Senhor. Demorava-se de muito bom grado junto do Santíssimo Sacramento, meditando a paixão, morte e ressurreição de Cristo, para alcançar a força espiritual e voltar a lançar-se, sempre com novas iniciativas pastorais, à conquista do coração das pessoas, sobretudo dos jovens, para levá-los de volta para as fontes da vida.
«Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, pois, em vós, nós esperamos!» Com essas palavras, a liturgia nos convida a fazer nosso este hino a Deus criador e providente, aceitando o seu plano nas nossas vidas. Assim o fez Santa Maria del Carmelo Salles y Barangueras, religiosa nascida em Vic, Espanha, em 1848. Vendo a sua esperança preenchida, após muitas dificuldades, ao contemplar o progresso da Congregação das Religiosas Concepcionistas Missionárias do Ensino, pôde cantar junto com a Mãe de Deus: «Seu amor de geração em geração, chega a todos que o respeitam». A sua obra educativa, confiada à Virgem Imaculada, continua a dar frutos abundantes entre os jovens e através da entrega generosa das suas filhas que, como ela, se confiam ao Deus que pode tudo.

      Passo agora para Marianne Cope, nascida em 1838 em Heppenheim, na Alemanha. Com apenas um ano de vida, foi levada para os Estados Unidos, e em 1862 entrou na Ordem Terceira Regular de São Francisco, em Siracusa, Nova Iorque. Mais tarde, como Superiora geral da sua congregação, Madre Marianne abraçou voluntariamente a chamada para ir cuidar dos leprosos no Havaí, depois da recusa de muitos. Ela partiu, junto com seis irmãs da sua congregação, para administrar pessoalmente um hospital em Oahu, fundando em seguida o Hospital Mamulani, em Maui, e abrindo uma casa para meninas de pais leprosos. Cinco anos depois, aceitou o convite para abrir uma casa para mulheres e meninas na Ilha de Molokai, partindo com coragem e, encerrando assim seu contato com o mundo exterior. Ali, cuidou do Padre Damião, então já famoso pelo seu trabalho heróico com os leprosos, assistindo-o até a sua morte e assumindo o seu trabalho com os leprosos. Em uma época em que pouco se podia fazer por aqueles que sofriam dessa terrível doença, Marianne Cope demonstrou um imenso amor, coragem e entusiasmo. Ela é um exemplo luminoso e valioso da melhor tradição de religiosas católicas dedicadas à enfermagem e do espírito do seu amado São Francisco de Assis.

      Kateri Tekakwitha nasceu no que hoje é o Estado de Nova Iorque, em 1656, filha de pai Mohawk e de mãe Algoquin cristã, que lhe transmitiu a fé no Deus vivo. Foi batizada aos 20 anos de idade, para escapar da perseguição, se refugiou na Missão São Francisco Xavier, perto de Montreal. Ali ela trabalhou, fiel às tradições culturais do seu povo, embora renunciando as convicções religiosas deste, até a sua morte com 24 anos. Levando uma vida simples, Kateri permaneceu fiel ao seu amor por Jesus, à oração e à Missa diária. O seu maior desejo era saber e fazer aquilo que agradava a Deus.

      Kateri impressiona-nos pela ação da graça na sua vida, carente de apoios externos, e pela firmeza na sua vocação tão particular na sua cultura. Nela, fé e cultura se enriqueceram mutuamente! Possa o seu exemplo nos ajudar a viver lá onde nos encontremos, sem renunciar àquilo que somos, amando a Jesus! Santa Kateri, protetora do Canadá e primeira santa ameríndia, nós te confiamos a renovação da fé entre os povos nativos e em toda a América do Norte! Que Deus abençoe ospovos nativos!

      A jovem Anna Schäffer, de Mindelstetten, quis entrar em uma congregação missionária. Nascida em uma família humilde, ela conseguiu, trabalhando como doméstica, acumular o dote necessário para poder entrar no convento. Neste emprego, sofreu um grave acidente com queimaduras incuráveis nos seus pés, que a prenderam em um leito pelo resto da vida. Foi assim que o seu quarto de enferma se transformou em uma cela conventual, e o seu sofrimento, em serviço missionário. Inicialmente se revoltou contra o seu destino, mas em seguida, compreendeu que a sua situação era uma chamada amorosa do Crucificado para O seguisse. Fortalecida pela comunhão diária, tornou-se uma intercessora incansável através da oração e um espelho do amor de Deus para as numerosas pessoas que procuravam conselho. Que o seu apostolado de oração e de sofrimento, de oferta e de expiação seja para os crentes de sua terra um exemplo luminoso e que a sua intercessão fortaleça a atuação abençoada dos centros cristãos de curas paliativas para doentes terminais.

      Queridos irmãos e irmãs! Estes novos Santos, diferentes pela sua origem, língua, nação e condição social, estão unidos com todo o Povo de Deus no mistério de Salvação de Cristo, o Redentor. Junto a eles, também nós aqui reunidos com os Padres sinodais, provenientes de todas as partes do mundo, proclamamos, com as palavras do salmo, que Senhor é «o nosso auxílio e proteção», e pedimos: «sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos» (Sal 32, 20-22). Que o testemunho dos novos Santos, a sua vida oferecida generosamente por amor a Cristo, possa falar hoje a toda a Igreja, e a sua intercessão possa reforçá-la e sustentá-la na sua missão de anunciar o Evangelho no mundo inteiro.

Fonte: Boletim Diário da Santa Sé

domingo, 21 de outubro de 2012

Os Novos Santos Canonizados pelo Santo Padre Bento XVI

Por Felipe Viana

Santa Anna Schäffer, Leiga

(1882 – 1925)

São João Battista Piamarta, Sacerdote
(1841 – 1913)

Santa Maria do Monte Carmelo Sallés e Barangueras,

Religiosa (1848 – 1911)

Santa Marianna (Maria Anna) Cope, Religiosa

(1838 – 1918)

São Pedro Calungsod, Leigo e Mártir

(1654 – 1672)

São Tiago (Jacques) Berthieu,

Sacerdote e Mártir (1838 – 1896)

Santa Caterina Tekakwitha, Virgem e Leiga 

(1656 – 1680)

Fonte: http://ecclesiam-suam.blogspot.com.br/

sábado, 20 de outubro de 2012

Papa Celebra neste Domingo, canonização de sete novos Santos

Por Felipe Viana


      Bento XVI celebra neste domingo, na praça de São Pedro, a canonização de sete Beatos, entre os quais a primeira santa indígena norte-americana, Kateri Tekakwitha, nascida em 1656 e falecida em 1680, no atual Canadá. 

Tekakwitha nasceu numa localidade dos EUA hoje denominada Auriesville, e foi beatificada por João Paulo II em junho de 1980.

      Esta proclamação solene de novos santos, que desta vez tem lugar no Dia Mundial das Missões, é a décima celebração do género no atual pontificado. Bento XVI proclamou até agora 37 novos santos, incluindo o português Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável (em abril de 2009).
      Entre os santos que serão proclamados amanhã estão dois mártires: Giacomo Berthieu, missionário jesuíta francês morto em Madagáscar em 1896, por não querer renunciar à sua fé; o catequista filipino Pedro Calungsod, assassinado em Guam em 1672 por um pai que se recusou a deixar o seu filho ser batizado.

      Os outros novos santos são: - o padre italiano Giovanni Battista Piamarta (falecido em 1913); - a religiosa espanhola Maria Carmela Sallés y Barangueras (Maria del Monte Carmelo, morta em 1911); - a norte-americana Barbara Cope (Madre Marianne de Molokai, (falecida em 1918), que se dedicou aos leprosos; e - a leiga alemã Anna Schäffer (morta em 1925).
    
        A cerimonia deste domingo vai decorrer pela primeira vez antes e não durante a missa, a que o Papa presidirá seguidamente. 
O Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, pede em três momentos sucessivos que os sete beatos sejam inscritos no “álbum dos Santos”. Bento XVI profere, então, a fórmula de canonização, com a qual o estabelece que os novos santos “sejam devotamente honrados” em toda a Igreja. 
Nesta altura, são trazidas para junto ao altar as relíquias dos novos santos. 

      
      O rito conclui quando o Papa responde positivamente à solicitação formulada pelo Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos para que seja redigida a Carta Apostólica a respeito das canonizações que acabaram de ter lugar. 

Nomeações 20/10/2012

Por Felipe Viana


     O Papa Bento XVI nomeou o arcebispo de Brindisi-Ostuni (Itália) Dom Domenico Caliandro, transferência do bispo de Nardo-Gallipoli.
 
     Arcebispo Domenico Caliandro

     Arcebispo Domenico Caliandro nasceu em Ceglie (Brindisi), Diocese de Oria, 5 de setembro de 1947. Depois de frequentar a escola e ao ginásio no Seminário Diocesano de Oria e da escola de gramática no Seminário Regional de Molfetta, estudou teologia no Pontifício Seminário Romano Maior e da Pontifícia Universidade Lateranense.

      A Licenciatura em Teologia Moral na Academia Alfonsiana, em Roma, um doutorado em Teologia pela Pontifícia Universidade Lateranense e uma licenciatura em Filosofia na Universidade de Bari.
      
      Ele foi ordenado sacerdote para a Diocese de Oria 18 mar 1971.
Após a ordenação exerceu as seguintes funções pastorais: 

  • 1971-1974: educador da Pontifícia Romana Seminário Menor, 1975-1978: Vice-Reitor e diretor espiritual no Seminário da Diocese de Oria, 
  • 1979-1980: Pastor de São Francesco D'Assisi, Oria, 
  • 1980-1985: Vigário forâneo; 
  • 1980-1993: Professor de Teologia Moral no Seminário Regional de Molfetta e no Instituto de Ciências Religiosas em Oria, 
  • 1972-1983: Canon do capítulo da catedral de Oria , 
  • 1981-1983: membro do Conselho Pastoral Diocesano de Oria, 1989-1993: membro do Conselho de Consultores de Oria.
  •       Em 23 de Abril de 1993, foi eleito para o bispado de Ugento-Santa Maria di Leuca, e consagrada em 28 de junho do mesmo ano.
  • Em 13 de Maio de 2000, foi transferido para a sede do Nardo-Gallipoli.


      O Santo Padre nomeou bispo de Alessandria (Itália) Rev.do Bispo Guido Welsh, do clero da Arquidiocese de Gênova, até agora diretor do Escritório Diocesano para a Universidade e chefe do ministério de jovens da diocese.
 
 Rev.do Bispo Guido Welsh

      O Rev.do Bispo Guido Welsh nasceu em Génova 18 março de 1962. Ele participou do Seminário de Génova e foi ordenado padre para a Arquidiocese 29 setembro, 1990.
      Depois de deixar a escola na High School de "Martin Luther King", em Gênova, formou-se em Matemática pela Universidade de Gênova, em 1995, e uma licenciatura em filosofia na Universidade Pontifícia da Santa Cruz em Roma, em 2004. Atualmente é doutorando em Filosofia na mesma Universidade.

      Como sacerdote exerceu os seguintes cargos e ministérios: 

  •       Vice-Reitor do Seminário Maior de Arcebispo de Génova "Bento XV" de 1990 a 1995, 
  •       Pároco de São Joseph Priaruggia em Gênova Quarto 1995 a 1998, e pastor "in solidum" e moderador da S. paróquias Pedro Apóstolo, S. André Apóstolo em Calvari, S. Columbano Abade Moranego, S. João Batista, em Marselha, S. Stefano Rosso, todos no município de Davanagere (GE), de 1998 a 2003. Ele era o pastor das freguesias de São Ambrósio, S. João Batista e São Maria Assunta em Bargagli 
  •       (GE) de 2003 a 2007 e desde 2007 é professor de Antropologia Filosófica e Ética na Faculdade Teológica da Itália Setentrional - Genoa Filial e Diretor da Pastoral Juvenil Diocesana.
  •        Em 12 de Outubro de 2007 foi nomeado cónego do Cabido da Colegiada de St. Maria delle Vigne em Gênova.
  •       11 de fevereiro de 2008, ele é diretor do escritório diocesano para a Universidade e membro do conselho de sacerdotes.
  •       Em 14 de Dezembro de 2010, ele foi nomeado membro da Comissão Diocesana para a aplicação das orientações Episcopado italiano Pastoral para a década 2010-2020.


      O Santo Padre nomeou Bispo de La Spezia-Sarzana-Brugnato (Itália) Dom Luigi Ernesto Palletti, a transferência de fundos de e para o lugar titular do cargo de Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Gênova.
 
 Dom Luigi Ernesto Palletti

      Dom Luigi Ernesto Palletti nasceu em Génova 29 de outubro de 1956. Depois da escola secundária, matriculou-se no Conservatório "Niccolò Paganini" de Gênova, onde frequentou os cursos de música, com especialização em piano em 1978.
      Entrou no seminário maior de Génova com a idade de 20 anos, ele participou de cursos para os estudos teológicos na Faculdade Teológica da Itália Setentrional (Génova Branch).
Ele foi ordenado sacerdote 29 de junho de 1983, em Gênova, sua terra natal, diocese filiação e residência.

  •       De 1983 a 1989 foi vigário da paróquia de St. James, o Grande, em Gênova Pontedecimo, e ensinou religião. Em 1989, ele foi transferido para a paróquia de São João Batista em Gênova Sestri Ponente, que serviu até 1996. 
  • Em 1994, ele foi listado entre os membros da "Comissão para o Diaconato Permanente";
  •  Em 1995, foi nomeado como um guia espiritual no Seminário Menor;
  • Em 1996, foi nomeado secretário Geral e Membro do Conselho de Sacerdotes diocesanos ", Secretário do Conselho Episcopal, e Membro da" Nova Comissão sobre os limites da Arquidiocese de Gênova ".
  • Desde 1998 ele tem Canon real do capítulo da catedral;
  • 2001 a 2004 foi Diretor Espiritual do Seminário Arquidiocesano, ele foi assistente de "Oblatos leigos da diocese" para o centro da cidade e membro do Conselho de Administração da várias fundações, entre eles o Hotel Caridade "da criança".
  • Eleito para a sede titular de Fundos e Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Gênova 18 dez 2004, ele foi ordenado 16 janeiro de 2005.

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