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domingo, 25 de março de 2012

Ilustração e comentário sobre os dois momentos deste Sábado

Por Felipe Viana



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No primeiro momento, às 18h locais, a visita de cortesia ao presidente mexicano Felipe Calderón, na sede do governo do Estado de Guanajuato – situada na capital homónima –, realizada com um colóquio de forma privada, sem discursos; no segundo momento, sempre na cidade de Guanajuato, um festejado e aguardado encontro com as crianças, na Praça da Paz.

Ao deixar o Colégio Miraflores de León onde se encontra hospedado nestes dias de visita ao México, Bento XVI viu repetir-se a manifestação de carinho e afeto dos mexicanos que, numerosos, vieram de todas as 91 dioceses do país para ver o Papa. De fato, setecentas mil pessoas acolheram-no quando de sua chegada saindo às ruas de León para dar as boas-vindas àquele que veio como “peregrino da fé, da esperança e da caridade.

Nas pegadas de seu predecessor, Bento XVI vem ao México dez anos após a última visita de João Paulo II, que por cinco vezes esteve neste país do “continente da esperança”. E vem a esta importante nação da América Latina no momento em que o México e muitos países latino-americanos celebram seu bicentenário de independência.

Com a visita de Bento XVI, a Igreja na América Latina recebe um impulso ulterior à Missão Continental, projeto de animação missionária que, há quase cinco anos, procura colocar a Igreja no “continente da esperança” em estado permanente de missão. Oriunda da Conferência de Aparecida – inaugurada por Bento XVI –, a Missão Continental constitui pronta resposta da Igreja latino-americana ao chamado à Nova Evangelização.
Os desafios não faltam: processo de enfraquecimento da fé, secularização, migração de muitos batizados rumo a outras comunidades cristãs e seitas e, não por último, a difusão de uma cultura dominante de matriz relativista e hedonista que atinge também a América Latina. Nesse contexto, a Igreja é chamada a responder a tais desafios com um exigente e imperioso convite à conversão, renovação espiritual e santidade de vida, consciente de que a questão crucial para ela, hoje, reside na fidelidade a seu Senhor.
Nesse sentido, os dois eventos principais desta primeira etapa da viagem de Bento XVI revestem-se de particular importância: a missa deste domingo, às 10h locais, no Parque do Bicentenário de León, onde se espera a participação de cerca de 300 mil fiéis; e a celebração das Vésperas, às 18h, na Catedral de León, na qual o Papa falará, em sua homilia, aos bispos do México e da América Latina. Em ambos os eventos, espera-se do Pontífice uma palavra que seja de encorajamento ao “zelo apostólico que atualmente anima e pretende a missão continental”, de modo que – como afirmara o próprio Papa – “se multipliquem os autênticos discípulos e missionários do Senhor e se renove a vocação da América Latina e do Caribe à esperança”.
De mente e coração abertos, os filhos desta terra aguardam as palavras do Sucessor de Pedro: que a sua mensagem nos anime no seguimento de Cristo e deste solo da América Latina onde há mais de 500 anos o Evangelho encontrou terra fecunda, possa resplandecer ao mundo inteiro um testemunho de “fé vigorosa, esperança viva e caridade ardente”.
De León, para a Rádio Vaticano, Raimundo de Lima.

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