Neste sentido, “o conceito de perdão precisa encontrar seu caminho nas negociações internacionais para a resolução de conflitos, a fim de transformar esta linguagem estéril de recriminação mútua que não conduz a lugar algum”, enfatiza por sua vez Bento XVI.
O Pontífice recorda que os recentes sínodos sobre a Igreja na África e no Oriente Médio colocaram em evidência que “erros e injustiças históricas podem ser superados somente se os homens e mulheres forem inspirados por uma mensagem de cura e esperança, uma mensagem que oferece um caminho de saída aos impasses que frequentemente bloqueiam as pessoas e as nações num círculo vicioso de violência”.
Bento XVI lembrou também que a encíclica de João XXIII, Pacem in Terris, escrita numa época em que o mundo temia seu fim diante de uma guerra nuclear, tem muito a nos dizer hoje. A mensagem foi um apelo para a inteligência e o coração da humanidade, que não se esquece de lutar pelo valor universal da paz.
Assim – afirma Bento XVI – a Pacem in Terris se torna uma carta aberta ao mundo, um apelo de um grande pastor que já estava no fim de sua vida, para que a causa da paz e da justiça fosse vigorosamente promovida em todos os níveis da sociedade, tanto no âmbito nacional quanto internacional. Todavia, a mensagem daquelas páginas escritas há 50 anos tem muito a dizer ao mundo de hoje.
"Desde 1963, alguns dos conflitos pareciam insolúveis, naquele contexto histórica. Comprometemo-nos, então, a lutar pela paz e pela justiça no mundo de hoje, confiantes de que nossa busca comum da ordem estabelecida por Deus, de um mundo onde a dignidade de cada pessoa humana é concedido pelo respeito que é devido, pode e poderá dar frutos", conclui o Papa.
A 18ª Sessão Plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais começou na sexta-feira, 27, e segue até esta terça-feira, 1° de maio.
Fonte: Rádio Vaticano com Redação