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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Divulgado relatório sobre as perseguições: 149 ataques anti-cristãos em 2010, só na Índia.

Por Felipe Viana




149 ataques anti-cristãos foram registrados na Índia em 2010: é o que afirma um relatório da Evangelical Fellowship of India, organização que reúne as comunidades cristãs de diversas denominações protestantes.
De acordo com o relatório, enviado à Agência Fides, a violência perpetrada por grupos extremistas hindus tocou 18 estados da Federação indiana e se verificou especialmente nos estados de Karnataka, Andra Pradesh (Índia meridional), Madhya Pradesh e Chattisgarh (Índia central).
Nos anos passados, os episódios de maior gravidade ocorreram no estado de Orissa. Justamente a atenção dedicada a Orissa pelas crônicas internacionais e pelas autoridades locais fez com que a violência cessasse quase totalmente no estado. Em outras áreas, grupos extremistas hindus – principais autores das agressões – continuaram a agir livremente, na total indiferença e impunidade, mesmo porque quase sempre as autoridades civis no poder pertencem ao partido nacionalista hindu BJP (Baratiya Janata Party), que legitima e protege grupos extremistas.
Segundo o documento enviado à Fides, os ataques incluem violência contra pessoas, locais, instituições ou até comunidades reunidas para liturgias. O texto denuncia de modo especial a violência, inclusive sexual, contra mulheres cristãs, registrada particularmente no estado de Karnataka, por intimidações ou conversões forçadas.
A impunidade dos culpados, afirma o Relatório, é a principal razão do perpetuar-se destas agressões. O Relatório assinala também o uso da propaganda anti-cristã atuada por muitos meios de comunicação para alimentar o ódio religioso e fomentar a violência. As comunidades cristãs indianas reiteram seu apelo às autoridades do governo e da polícia por uma maior proteção, pela liberdade religiosa e pela defesa dos direitos inalienáveis de todos os cidadãos indianos, qualquer que seja sua crença.
Paquistão Existem 10 milhões de potenciais assassinos de Asia Bibi
Asia Bibi está cansada e preocupada. Está abatida moral e psicologicamente. Chora frequentemente e quer ver seus filhos. Sente-se constantemente em perigo. Pede e confia na ajuda de Deus. É o que informam à Agência Fides fontes próximas à família da mulher condenada à morte por blasfêmia e detida no cárcere de Sheikhupura.


Ontem, o marido Ashiq Bibi a visitou na prisão e referiu “o estado de prostração psicológica e de desespero” em que a esposa se encontra. Depois do assassinato do governador do Punjab, Salman Taseer, e após as ameaças de grupos terroristas, as medidas de segurança no cárcere foram reforçadas: as visitas à mulher estão limitadas ao marido.


Ásia definiu Taseer “um homem bom e justo, um aliado em minha luta contra a injustiça e pela abolição da lei sobre a blasfêmia”, afirmando desconsolada: “Quem me protegerá agora? Estamos todos em perigo”.


Fontes da Fides notam a situação de extrema tensão e polarização no país: depois das recentes manifestações de grupos islâmicos radicas que elogiaram e definiram o assassino do governador como um “herói”, convidando seus correligionários a matar Asia Bibi e todos os que querem modificar a normativa sobre a blasfêmia, a família de Asia corre perigo de vida e vive em um esconderijo.


Os advogados e pessoas que fornecem ajuda material à família também estão em risco.
Haroon Bsrket Masih, líder da “Masihi Foundation”, que garante assistência a Asia Bibi e à sua família, declarou à Fides. “Hoje, existem 10 milhões de potenciais assassinos de Asia. Taseer foi morto; o ministro Shahbaz Bhatthi o ex- ministro Sherry Rehman foram condenados à morte pelos extremistas.


Enquanto isso, o governo, com o premiê Gilani e o ministro da justiça, já disse abertamente que não tem intenção de alterar em nenhuma maneira a lei sobre a blasfêmia. O executivo é refém dos fundamentalistas: deste modo, afasta-se dos princípios e da visão democrática e autoriza evidentes violações dos direitos humanos. Eu me pergunto: “Quem está no poder hoje no Paquistão? O governo e os líderes religiosos radicais?”.


Entretanto, os advogados de Asia Bibi informam a Fides que a Alta Corte de Lahore provavelmente não vai fixar em breve a data da primeira audiência do processo de apelo, devido à alta tensão social, política e religiosa que domina o país. Teme-se que se Asia Bibi for chamada a comparecer no Tribunal ela possa se transformar num alvo fácil e se somar às 35 vítimas de homicídios extra-judiciais de pessoas acusadas de blasfêmia.


Em blogs e na rede Internet no Paquistão, centenas de fundamentalistas oferecem-se espontaneamente para matar Asia Bibi, na certeza de conquistar o paraíso. Em um comunicado enviado à Fides, a Asian Human Rights Commission (AHRC) também pede a incriminação oficial dos líderes da “Tahaffauz-e-Namoos-e-Risalat” (“Aliança para a defesa da honra do Profeta”) que em manifestações nos dias passados, “instigaram publicamente ao homicídio de pessoas inocentes”.


“Aonde está o governo que deveria proteger os cidadãos e impor o respeito do estado de direito?” – interpela o texto.


A AHRC pede de modo especial a incriminação de líderes religiosos islâmicos como Maulana Fazlur Rehman, líder da “Jamiat Ulema-e-Islam”; Munawar Hassan, líder da “Jamat-e-Islami”; Sahinzada Abul Khair Zubai, presidente da “Jamiat Ulema-e-Pakistan” e outros.
Fonte: Agência Fides
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